Para que entendam a grande complexidade dos cálculos de ações trabalhistas, explicamos de forma resumida as fases em que há necessidade da atuação de um escritório de pericia para que finalize a fase de execução e os valores são liberados ao autor ou o processo é arquivado.

​ Os cálculos judiciais trabalhistas são elaborados em duas fases, na fase de conhecimento e na fase de execução.

​ Na fase de conhecimento é necessário que a inicial seja liquidada, constando o valor atribuído a cada verba do rol de pedidos, esse critério já era adotado em ações que tramitavam pelo Rito Sumaríssimo, mas com a reforma trabalhista sancionada pelo Presidente da Republica em 13 de julho de 2017, também é necessária liquidação dos pedidos das ações que tramitam pelo Rito Ordinário.

​ Grandes empresas contingenciam as iniciais de suas ações trabalhistas para avaliarem o risco de condenação e o valor de cada verba.

​ Na fase de execução as partes devem liquidar o julgado, sendo que a correta liquidação depende da exata interpretação do conteúdo condenatório, observando o principio da inalterabilidade, não podendo a liquidação ir além ou ficar aquém do que a sentença concedeu.

​​ Na fase de execução os cálculos normalmente são feitos após o transito do julgado, ou seja, quando não há mais possibilidade de recorrer para alterar as demais decisões, se tratando de cálculos definitivos.

​ Há casos em que a parte reclamante quer garantir a execução e antes do final dos julgados, liquida a sentença se tratando de execução provisória ou carta de sentença.

​ Havendo divergências entre o cálculo das partes é determinado pelo Juízo pericia contábil por um perito judicial de sua confiança e aberto prazo as partes para manifestar sua posição quanto ao laudo pericial, ofertando impugnações ou concordando.

​ Sentença homologatória é a decisão que considera o cálculo de uma das partes ou o laudo pericial como correto, ainda sobre essa decisão cabem recursos, sendo pela parte reclamante impugnação à sentença de liquidação e pela parte reclamada embargos à execução e caso o recurso seja negado, podem as partes interporem agravo de petição.